Eu apoio e sou a favor da manifestação,
não da forma que se foi conduzida ontem, com bonecos pendurados com cordas enforcados,
cartazes em Inglês, xingamentos. Pedido de intervenção militar, cartazes “BASTA DE PAULO FREIRE” Paulo Reglus Neves Freire foi um
educador, pedagogista e filósofo brasileiro. É Patrono da Educação Brasileira.
O fogo cruzado começa em torno da
autoria dos protestos.
Ontem (15) foi um dia de agitação
acima da média nas redes sociais. Muitos vídeos e áudios agressivos, com
palavrões, defesa de golpe militar, impeachment e boatos que não merecem
reprodução. Enfim, posts agressivos.
"Outros movimentos participarão
como convidados, mas não estão na organização", diz o porta-voz do MBL,
que reivindica para si a criação das manifestações do dia 15 e critica os
"oportunistas que queiram promover pautas em cima do nosso movimento".
Fundador dos Revoltados On-Line discorda. "Não é
verdade. A iniciativa do dia 15 veio pelo Whatsapp espontaneamente, foi
popular. O MBL só foi o primeiro a protocolar."
Rogério Chequer, 46 anos, sócio de uma consultoria
"especializada em apresentações corporativas" e criador do Vem Pra
Rua, questiona:
"Algum grupo confirmou a você ter sido
convidado?", perguntou. "Ninguém foi convidado. A manifestação é
absolutamente livre e começou por em mensagens SMS para milhares de
brasileiros, mas ninguém sabe a fonte", diz.
Os protestos contra o governo no
ultimo domingo, dia 15, podem perder força por conta do discurso de
agressividade e truculência que tem circulado pelas redes sociais. Se essa
desunião e agressividade se refletirem nas ruas, poderá haver uma espécie
de “efeito black bloc”.
Esses grupos podem afastar pessoas
que queiram protestar pacificamente se marcarem os protestos como um movimento
radical e violento. Vimos esse filme nas
manifestações de junho e julho de 2013 e na Copa do Mundo no ano passado.
Agora,
há novamente uma retórica udenista
truculenta nas redes sociais, com provocações, insultos, xingamentos e até
mesmo preconceitos a classes sociais dos grupos.
As vaias à presidente Dilma Rousseff
e o panelaço do último domingo são sinais de que a insatisfação social com o
governo é maior do que a imaginada pelo PT. Os petistas disseram que o panelaço
durante o pronunciamento da presidente foi feito por moradores de áreas nobres
que não votaram na presidente.
É fato que São Paulo tem um
sentimento anti-PT acima da média na comparação com outras regiões do país, mas
é lícito supor que, diante de tantas notícias ruins na economia e na política,
a insatisfação com o governo tenha se estendido a outros estratos sociais.
Inclusive para camadas que votaram na presidente.
Essas ofensas machistas refletem
claramente a mentalidade e a cultura brasileira. Esses xingamentos não são
pensados, são ditos no “calor do momento”, mas, ainda que “inconscientes”,
quando reproduzidos acabam sim reforçando um discurso sexista e principalmente
um terrível e feio exemplo para as crianças que se fizeram presentes nas
manifestações levadas por seus responsáveis diretos ou indiretos.
Infelizmente, foi Possível ouvir ofensas sexistas à presidenta, como “safada” e
“vagabunda”, vindas do carro de som.
O povo foi as ruas com
faixas em “Inglês” gritando “MEU PARTIDO
É O BRASIL” , “ARMY AND AIR FORCE.PLEASE”
vergonhoso.
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