USO INDEVIDO/LEI MARIA DA PENHA, Lei 11.343

sexta-feira, 8 de julho de 2016

CANDOMBLÉ E SEUS PRINCÍPIOS

O que noto e ainda vejo presente nos candomblés, é a falta de informações sobre as quais são construídas ou mesmo fortalecidas a fé. Vejo muitas pessoas que entram para a religião pelos mais diversos motivos mas não se empenham em compreender os princípios básicos que direcionam a mesma e por consequência, não entendem muito bem o que estão fazendo ali, apenas sentem-se bem em estar naquele local colaborando de alguma forma.
O problema está na falta de conhecimento, de entendimento dos porquês (não os porquês ligados a fundamentos) mas sim os porquês que orientam o entendimento de uma criatura, que geralmente vem de formação cristã e que se chocam com os preceitos do candomblé, como os sacrifícios presentes nos rituais e que na maioria das vezes não são esclarecidos aos Iniciantes (Yaôs). Sabe-se apenas que no Candomblé o líder (Babalorixá, Yalorixá.) são os mantenedores do conhecimento e sabedoria.
 Não é explicado claramente que para se iniciar na religião existe uma mudança interna que essa pessoa deverá fazer, que envolvem atitudes como: melhorar seu caráter, deixar de fazer certas coisas que agridem seu Ori, se dedicar ao próprio entendimento de Ori e de toda uma conduta diária. É justamente aí que ocorre o erro da maioria dos sacerdotes do candomblé, não explicam ou eles mesmo não pararam para pensar, “não sabem o significado”, só sabem “fazer assim porque aprenderam assim”. Neste processo muitos aprendem a fórmula mas não se dedicam a estudá-la, não sabem os porquês, portanto não se encontram aptos a transmitir aos seus seguidores aquilo que foge ao seu próprio entendimento.
Uma pessoa que faz o ritual, mas não sabe porque fez, não tem ciência que ela mesma tem regras e preceitos diários a seguir até se obter um resultado, até que Orun, [CÉU], atenda a um pedido de Aye, [TERRA], não poderá  amar realmente sua religião e  nem ter respeito por ela, pois não imagina que além de seguirmos um código de conduta, a função principal  do Candomblé  é a mesma das outras: melhorar o ser humano, fazer dele mais “humano” , respeitando o direito do próximo, se preocupando  com o espiritual, com sua essência e não agredi-la, para que seu destino seja bom...
Enfim, enquanto os sacerdotes não se preocuparem em ter explicações desse gênero para repassá-las a seus seguidores de forma correta, enquanto não forem exemplos de conduta e caráter, enquanto deixarem passar que somos uma religião que une: o sagrado, o divino a mais baixa feitiçaria e amarrações amorosas, os Iniciados (Yaôs) continuarão perdidos entre as perguntas.... “Será que estou servindo a Deus ou a o Diabo?” ou “O que essa religião está fazendo de mim, uma pessoa melhor ou pior que sou?”
As pessoas, hoje em dia, se questionam mas a maioria não tem explicação para afirmar de forma segura que estão numa religião como outra qualquer, apenas mais antiga, por isso os ritos podem ás vezes serem mal interpretados e confundirem a cabeça do leigo.
Enquanto os sacerdotes não adotarem um código de ética e conduta para serem realmente “respeitados” como sacerdotes a situação continuará a mesma.

O candomblé é uma religião baseada em crenças Africanas, particularmente popular no Brasil, mas   praticada em outros países, apresentando em torno de dois milhões de seguidores.
É uma religião que mistura crenças tradicionais como Yoruba, Fon e Bantu, originados de diferentes regiões da África e incorporou alguns aspectos da fé católica ao longo do tempo.
 Uma religião que combina elementos de várias religiões é chamada de religião sincrética.
O nome CANDOMBLÉ “Dança em honra dos deuses”
Oludumaré (Deus), que é servido por divindades menores, denominadas Orixás. (Podem também ser chamados de Voduns e Inkices.)

O candomblé é uma tradição oral, portanto, não tem escrituras sagradas.

Hoje, eu Denis Luna,”Dofono D´Ogun Merin, que fui Iniciado na Religião do Candomblé em 02/07/2005, Pelo meu Babalorixé Waldomiro Costa Pinto – Baba BAIANO DE XANGÔ, no “Ilê Ogun Megêgê Axé Baru Lepe” – Axé Parque Fluminense – Duque de Caxias – RJ. Hoje presidido pelo herdeiro nosso Babablorixá, Sandro Costa Pinto, ( Sandro D´Oxoguian.) que com amor e dignidade continua o legado de Pai Baiano. 

Agradeço ao meu Pai, Amigo, Conselheiro e Orientador Espiritual Baiano de Xangô por toda explicação, orientação e ter me conduzido nos caminhos dessa religião que hoje rege a minha vida de maneira feliz e próspera.

Por Denis Luna

Nenhum comentário:

 

Blogger news

Blogroll