APELO ESPIRITUAL DE GUERRA
Agô Babalarisás, Agô Ialorisás, Agô meus Egbomes, Agô meus
Aburos, Agô simpatizantes.
Depois da II Guerra Mundial, a ONU
adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que colocava em pauta o
“respeito universal e observância dos direitos humanos e liberdades
fundamentais para todos, sem
distinção de raça, sexo, língua ou religião”. O ideal foi reforçado em
1999, ano em que líderes budistas, protestantes, católicos, cristãos ortodoxos,
judeus, muçulmanos e de várias outras religiões se reuniram para assinar o Apelo
espiritual de guerra. O documento pedia
aos líderes políticos e religiosos algo simples: a garantia de que a religião
não fosse mais usada para justificar a violência.
Passados muitos anos e outras
muitas tentativas de garantir a liberdade religiosa, grande parte dos conflitos
que hoje acontecem no mundo ainda envolve crenças e doutrinas, que se misturam
a uma complexa rede de fatores políticos, econômicos e raciais.
É decepcionante ver, assistir e ler
depoimentos de lideres espirituais do CANDOMBLÉ, Incentivando (guerra) contra
outras religiões.
Sofremos perseguições desde o tempo
em que nossos ancestrais (escravos) iniciaram os cultos afros descendentes (candomblé)
no Brasil. Por décadas lutamos contra a Intolerância religiosa, a fim de termos
o direito de praticar nossos cultos e festividades sem sermos importunados,
criticados e ofendidos por expressar o nosso amor e fé aos nossos Orixás e
manter vivo os sonhos e tradições da nossa religião o Candomblé.
Em 27 de Dezembro de 2007 tivemos a
nosso tão esperado reconhecimento por nossas lutas incansáveis, por
meio da Lei nº 11.635, que institui o DIA NACIONAL DE COMBATE CONTRA Á INTOLERÂNCIA RELIGIOSA,
Assim, como todas as religiões, nós fomos
amparados pela lei federal 7716, alterada pela lei 9459. Artigo 208 do código penal;
"Escarnecer de alguém publicamente,
por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou
prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto
religioso: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único - Se
há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da
correspondente à violência.”
Meus irmãos, o nosso legado não é guerrear, atacar ou ser
contra a qualquer outra religião.
O nosso legado é
grandioso; é não perdermos nossas características, é repassar para o mais novo
o que nos foi deixado e confiado por nossos ancestrais.
Quando somos
iniciados, é nos ensinado O AMOR, O RESPEITO, A DIGNIDADE ESPIRITUAL, A OBEDIÊNCIA,
A EDUCAÇÃO DE ASÉ, CONFIAR E TER FÉ NOS ORISÁS, o qual nós não escolhemos, e sim,
somos escolhidos.
Onde você guardou o que lhe foi ensinado?
Fui Iniciado (feito de santo) dofono
D´Ogum Merim - em 02 de Julho de 2005, – Por; Baba Baiano Ty´Sangô (in memória), no
Ilê Asé Ogum Megêgê – Asé Baru Lepê. ( Axé Parque Fluminense – RJ), Onde me foi
dado o Posto de Olopogân.
Denis Luna
Nenhum comentário:
Postar um comentário