Trinta e oito dias sem nenhuma gota d’água. Esta é a realidade da Grande Vitória e de pelo menos mais 20 municípios do Espírito Santo, segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Em pelo menos metade dos 78 municípios capixabas já não chove há mais de 20 dias. Caso a seca se estenda além do mês de fevereiro, no Estado, a situação, que já é considerada um ‘sinal amarelo’, no quesito abastecimento de água pela Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), pode se tornar alarmante e chegar em caso de racionamento, sendo esta uma última medida adotada segundo hierarquia do órgão.
O Espírito Santo não conta com reservatórios e toda a água usada para abastecer os municípios é provinda pelas bacias hidrográficas que os banham. Segundo o presidente da Agerh, Robson Monteiro, o nível dos rios capixabas está atingindo uma média entre 37% e 39% de sua capacidade total.
o Rio Doce, que abastece 28 municípios capixabas, está com a maior vazão entre as bacias do Estado, com apenas 10% de sua capacidade. O que representava 1,8 milhão de litros de água por segundo, agora é de 190 mil litros no mesmo intervalo de tempo.
RACIONAMENTO
“Se houver necessidade de racionamento, primeiramente é reduzido o uso da água na agricultura e na indústria, para garantir o abastecimento público. Redução no abastecimento público, só em último caso”, disse o presidente da Agerh.
Ainda prevendo o pior cenário possível, na possibilidade dos capixabas viverem o primeiro verão sem chuvas da história, a situação do Espírito Santo se assemelharia à dos estados do Nordeste brasileiro, e poderemos chegar ao ponto de ter que usar caminhões pipa para suprir a falta de água.
“As chuvas vêm, mesmo que seja em volume pequeno. O Estado nunca passou por um verão inteiro sem chuvas, isso é Nordeste, é difícil de acontecer. Mas caso aconteça, é começar a olhar para as práticas nordestinas há mais de 150 anos. Carro pipa, por exemplo. Outra é a construção de reservatórios”, vislumbrou Monteiro.
fonte:ESHOJE.
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